O inverno chegou
Uma brisa fria e arrogante
Toca o rosto
Arrepia o corpo
E faz tremer um coração desconcertado
As janelas batem sem parar
A lareira já não aquece como antes
O suspiro é gelado
E o cobertor me sufoca com o passado
O fondue não tem mais sabor
O vinho seco reflete o gosto amargo da vida
E as taças, vazias e separadas
Sintonizam um tempo onde já não existe o "nós"
Lá fora a chuva chega devagar
Olho para os pingos
Doces, singelos, misteriosos
Procuro então, entender os amores
E desamores de cada estação
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